Confissão e autenticidade no discurso populista de hoje
DOI:
https://doi.org/10.18046/recs.i27.3435Palavras-chave:
populismo, autneticidades, veridicção, Foucault, AdornoResumo
As formas de populismo político que estão florescendo em todo o mundo, nas versões de extrema-direita, mas também nas versões de esquerda, são frequentemente consideradas como ignorância, falsas notícias demagogia. No entanto, tais analises geralmente focam-se no conteúdo das reivindicações dos líderes populistas, sem prestar atenção ás formas de «veridicção» e ás práticas éticas que constituem o «populismo». Este artigo utiliza algumas ferramentas teóricas das várias obras de Foucault sobre «veridicção» e verdade, e também da crítica de Adorno ao existencialismo, para tentar entender as formas técnicas que constituem líderes populistas como «autênticos», e, assim, tão perto das pessoas e não contaminado por instituições desacreditadas. A autenticidade é criada através de formas muito específicas de dizer-a-verdade, como mostra o exemplo do falecido prefeito de Toronto, Rob Ford.
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